segunda-feira, 7 de abril de 2008

Chão

Se concentrava
E, como num sussurro
Percebia
O futuro ao seu lado
Que, em agonia
Clamava por acontecer

Era como um fogo
Que não jazia
Esgoto da alma
Resto da maestria
De um sábio já velho e gordo
Como o era, àquele momento

E nessas indas e vindas
Viu-se de novo
Distante um só passo
Do penhasco que lhe furtaria a vida
A essas tantas, ele já sabia
E, confiante como um cavalo
Respirou fundo

Não lhe veio à cabeça
O estado, o estudo, o escravo
O escudo, o estábulo, o ex-tudo
Nem mesmo gritava

Não!

Chão.

Um comentário:

I. disse...

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